quarta-feira, 30 de junho de 2010

Amor Sublime - Composição: Renato Russo


Lembro de você amor
Toda a vez que eu passo aqui
Noites de luar, manhãs de sol
A iluminar os nossos destinos
Sei que não há mais ninguém
Que possa me preencher
O amor com você,é mais bonito,é todo azul mar
Vem me fazer feliz oh meu bem...

Com você tudo é diferente
Eu te quero pra sempre oh meu bem
Nosso amor é sublime,é nascente
Eu te quero pra sempre oh meu bem...

O teu nome eu gravei
Dentro do meu coração
Tem uma canção, com o vento
Ter o teu olhar, vejo tudo

Que um dia eu quis ver
Nada é igual a você
Com o seu amor
Tudo é mais simples,é todo azul do mar,
Vem me fazer feliz meu bem...

Com você tudo é diferente
Eu te quero pra sempre oh meu bem
Nosso amor é sublime,é nascente
Eu te quero pra sempre, o meu bem...

SER ADVOGADO

É buscando inspiração nas palavras de Rui Barbosa que abro esta reflexão: “na missão do advogado também se desenvolve uma espécie de magistratura. As duas se entrelaçam, diversas nas funções, mas idênticas no objeto e na resultante: a justiça. Com o advogado, justiça militante. Justiça impetrante, no magistrado” (Obras Completas de Rui Barbosa, v. 48, t. 2, 1921. p. npb).

Quando sou indagado sobre a minha profissão – advogado – no primeiro momento penso em dizer que ser advogado é estar relegado à eterna busca como, diga-se de passagem, vive o lobo Alfa, chefe de uma matilha, que todos os dias larga seu bando e sai à busca de uma caça a fim de alimentar os filhos e os demais membros da matilha.

Não esquece ele de suas responsabilidades para com a segurança do grupo e a interatividade que deve existir entre todos, sem deixar de lado a preocupação de que saindo pode não voltar.

O mesmo acontece comigo.

Todos os dias, sem receber um salário fixo, vejo-me na condição de sair todos os dias a fim de buscar o quantum necessário para prover as necessidades de meus entes queridos e, sobretudo, a minha.

No decorrer do dia, no mister de minha profissão, deparo-me com pessoas em sua maioria de índole boa, mas, ao mesmo tempo encontro aqueles com sérios desvios de conduta e de personalidade que me obrigam a estabelecer uma linha separando estes indivíduos, seus sentimentos e pretensões, de minha vida.

Torna-se, então, difícil manter o equilíbrio e, neste ínterim me vejo sozinho sem ninguém que possa oferecer o ombro amigo ou, diga-se de passagem, sorver as lágrimas que brotam de minha alma amargurada.

Os parâmetros que estabeleço entre a profissão e minha vida são diferentes, muito embora um esteja ligado à outra em face do fato de que ser advogado é minha vida, muito embora minha vida não é ser advogado.

No segundo momento, ainda quando indagado sobre o que vem a ser advogado, penso nos concursos e penso em fazer com que os jovens que buscam a profissão se sintam desanimados o bastante para, largando o exercício do múnus, ingressem em carreiras promissoras no Estado ou na União, através de concursos.

 Pode ser o melhor caminho, mas, ao mesmo tempo não me vejo na condição moral de desanimar ninguém sendo, na verdade, um fato absoluto que ser bacharel em direito é um caminho onde existem várias portas.

Na verdade, acredito eu, a diferença do bacharel em direito do advogado reside na capacidade e na possibilidade que o segundo tem de fazer o bem sempre em maiores proporções do que o primeiro.

Quando isso acontece um cordão liga o advogado aos céus e os anjos denominam tais indivíduos de Advogados de Deus que são colocados neste plano para levarem as pretensões, os anseios e as necessidades daqueles que realmente precisam àqueles que podem decidir com Justiça.

Penso, então, que não posso desanimar nenhum jovem de fazer a empreitada eis que muito embora exista uma concorrência desleal onde advogados se vendem às custas de pequenas quantias, existe a certeza de que advogar é exercitar o caráter, a moral e os bons sentimentos.

Com isso, com estas palavras, externo meus sentimentos esperando que elas não sirvam de norte, mas, sim de um prefácio para que o jovem possa, por si próprio, descobrir qual a razão pela qual se encontra neste plano sendo, como deveria ser, um advogado.

O MAL

Podemos dizer que não sabemos bem o que é o mal, não podendo por isso afirmar se uma coisa é má ou boa. O certo, porém, é que uma dor, ainda que para nosso bem, é em si mesma um mal, e basta isso para que haja mal no mundo. Basta uma dor de dentes para fazer descrer na bondade do Criador. Ora, o erro esencial deste argumento parece residir no nosso completo desconhecimento do plano de Deus, e nosso igual desconhecimento do que possa ser, como pessoa inteligente, o Infinito Intelectual. Uma coisa é a existência do mal, outra a razão dessa existência. A distinção é talvez sutil ao ponto de parecer sofistica, mas o certo é que é justa. A existência do mal não pode ser negada, mas a maldade da existência do mal pode não ser aceite. Confesso que o problema subsiste, mas subsiste porque subsiste a nossa imperfeição. FERNANDO PESSOA