sábado, 22 de agosto de 2009

E O QUEIJO?


Foi assim. Primeiro o espanto, depois pulamos a resignação para adentramos no patamar daqueles que se sentem injuriados, envergonhados e, sobretudo, descrentes até. É provável que o acontecido seja o reflexo deste País de desmando onde o Estado interfere na vida do cidadão sem qualquer pudor e onde, como se sabe, o poder caminha sobre as cabeças dos meros humanos mandando e ....desmandando. Mas, vamos ao caso. Aconteceu em uma "blitz" onde policiais militares fiscalizavam a documentação de motoristas a fim de verificarem quem poderia passar ou não passar por um trecho de rodovia que estava impedido. Um dos motoristas desceu do veículo e deu, de presente ou, sabe-se lá sob que título, um queijo o qual, por sua vez, foi colocado pelos militares de forma despudorada sobre a mesa onde outros papeis se encontravam. Como deveria de ser, como cidadão, levei o fato e a foto (do queijo) aos superiores dos militares e, para resumir, as testemunhas do fato (que presenciaram a entrega do queijo) foram processadas por falso testemunho não obstante os militares terem confessado que receberam o queijo diga-se, de presente, e quem deu o presente também confessou. O Ministerio Público denunciou as testemunhas porque disseram que o veículo que conduzia o queijo "ia" e quem deu o queijo disse que "vinha". Bem, se o queijo ia ou vinha não pode ser relevante porque se os militares estavam de serviço é certo que nunca, em momento algum, poderiam receber o presente ou um presente; ainda mais um queijo que, para nos mineiros se tem que, quando damos um queijo de presente para alguem é a mesma coisa que demonstrar gratidão. Isso, na verdade, aconteceu e quem recebeu o queijo como quem o ofertou continuam por ai, provavelmente dando e recebendo "retratiando" desta forma o que se passa não nos bastidores de nossa vida, mas, na verdade se passa em nosso cotidiano e assim, lutando contra a correnteza da imensa podridão que assola nosso Estado onde aqueles que presenteiam e aqueles que recebem os presentes são, como diria um amigo, "os caras", continuam indo ou vindo. Agora, ainda continuo estarrecido com o acontecido sendo que, de forma alguma, meus valores foram estremecidos e aquilo que passo para meus filhos continua incólume, firme nos ideais de justiça, compreensão e bondade. Digo que a historia ainda não acabou, tem a segunda parte que logo estará aqui, Um abraço (sem queijo é claro).

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

O QUEIJO

Parece que realmente os valores andam invertidos. Quando digo valores me refiro ao que existe de mais nobre no ser humano que nada mais é do que, simplesmente, dizer a verdade. Todavia, pelo que vivemos (eu e meus familiares) nos ultimos meses posso dizer acertadamente que a capacidade do ser humano em agir, tão somente, de acordo com