sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

NOSSO LAR



Conversava com um amigo sobre o progresso da humanidade e ele, por sua vez, já com a idade bastante avançada se mostrava desolado diante de tudo que viu e continua vendo ao longo de sua jornada. Enquanto eu falava da necessidade de se buscar o aprimoramente ele insitia em afirmar que nada mudará neste plano porquanto, segundo ele, o homem é vil e está eivado pela covardia, pelo interesse, pelo poder absoluto, pelo querer e pelo ter. Acredito que suas palavras nada mais são do que uma mostra do peso de seus anos, passados neste plano onde agora, sozinho e despojado do amor filial, caminha pelas ruas conversando com um e com outro tão somente para matar o tempo. O ser humano é fruto da centelha divina e, via de consequência ainda continua sendo parte dela e nesta linha de pensamento se tem que o progresso torna-se inevitável uma vez que antes pertencíamos a um outro plano e agora, como se pode ver, estamos aqui na terra à procura do emadurecimento do espírito. Existem outros planos, outras esferas e não é somente a crença que me leva a entender de tais existências, mas, sim a força interior que advém da necessidade de se buscar o aprimoramento de forma pacífica. As religiões existentes neste plano não são o fim sendo que se deve entender serem elas um meio para a transposição não nos deixando levar, todavia, pelo inconsciente coletivo forjado às custas do lado escuro, das sombras. O meu amigo, por outro lado, não obstante ser ele um iniciado já cansou e, provavelmente se vê esgotado em decorrência da grande jornada percorrida e, provavelmente por isso é que de seus lábios mina o fel mesmo que em pequenas proporções. E agora, creio que tanto eu como todos nós devemos nos ater na esperança como fonte de vida e, baseado nesta premissa é que devemos buscar a paz, a solidariedade levando até ao nosso próximo a boa palavra mesmo que ele não queira ouvir ou que esteja fingindo ouvir. Com isso, divagando, desejo que meus pensamentos de luz possam estar em cada canto de meu lar e, também, nos lares de todo ser humano a fim de que, mais tarde, possamos nos encontrar em dias melhores onde a humanidade, na realidade, será o sinônimo de pessoas, de seres que se amam tal qual se dá em Nosso Lar.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

SER TRISTE


Ao buscar o acerto acredito que necessariamente não é preciso errar, mas, sim admitir que não estamos sozinhos e que ao nosso lado existe um ser, como eu ou, até mesmo como você que esta lendo estas linhas. Creio ser necessário que o outro ser entenda do amor, da possibilidade de amar quem está próximo, de perdoar, de querer perdoar, de ser sensível à possibilidade de que o outro ser pode estar querendo acertar. É assim mesmo, o progresso não se dá quando estamos sozinhos uma vez que as possibilidades de erro e de acerto, em estando sozinho, do homem se diminuem o bastante para estagnarem a chama da vida. Disse antes que o ser humano não precisa necessariamente sofrer para se ver livre sendo certo, todavia, que o sofrimento, pelo que vejo, é inerente à vontade ou à capacidade de escolha. O sofrimento é como um ser vivo, latente, que caminha ao lado da humanidade espreitando o momento certo para ingressar na vida, pois, ao que parece depende ele, o sofrimento, do momento certo para sair de seu mundo de inércia. O momento certo, então, será aquele onde a incompreensão existe, o egoísmo supera a capacidade de doar e, sobretudo, será aquele onde o ser humano deixa de acreditar que é parte da centelha divina. Triste é então o momento seguinte, após a imposição do sofrimento pelo sofrimento e, triste será nos vermos querer mudar o momento passado, recolher a palavra dita, o gesto impensado e, sobretudo, triste é sabermos que não estamos sendo ouvidos e, se estamos, nossa voz nada representa ou representou. Daí vem a insegurança, momento seguinte da tristeza e, é este o pior momento onde a sobra da árvore da dúvida cobre nossa vida com seu manto sombrio. O que fazer? Deve o ser humano buscar no Ser Supremo a segurança perdida ou abalada? Esperar que a vida repare o momento ofuscado pelo egoísmo ou pela falta de amor ou, simplesmente perdoar e nos equipararmos ao Ser Supremo? Creio, pois, que a dor é vida, latente, que se encontra não no ser humano, mas, ao seu lado à espreita do momento para se fazer presente e, assim, eliminar a dor será o mesmo que eliminar a vida sendo que, penso eu, deve o ser humano conviver com a possibilidade de que encontrará, mais cedo ou mais tarde, a dor e, quando a encontrar deve se preparar para encontrar também a tristeza e, com isso não me conformo eis que para vivermos uma vida não precisamos ficar tristes ou sentir dor, precisamos sim amar mais, perdoar mais, acreditar mais e, sobretudo, entendermos que ao nosso lado habita não o sofrimento, mas, sim um ser que veio conosco para nos ajudar ou ser ajudado no caminho rumo ao final.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

COMPARTILHO


somos o que somos porque fomos antes ou, fumamos antes. não sei ao certo no momento, mas, certo é que amizade é como calça Lee, desbotada. A gente sempre usa ela, não importa o estado. Agora, falar da amizade é mais dificil do que falar de um desafeto eis que o desafeto, por ser desafeto, não tem qualidades que possamos defender, mas, amigo isso sim é coisa séria. Falar de um amigo é como a gente fosse falar da nossa mãe. Sim, daquela que é mãe mesmo e, como falar da mãe da gente sem encher a boca de orgulho, de estufar o peito e mostrar os dentes? Bem, amigo é amigo e não aquele cara que nos atende toda hora, que vive a servir ou até a pedir. Amigo é aquele que sabemos estar pronto para nos ouvir, para sentir conosco a dor compartilhando assim um momento cruel. Amigo então deveria se chamar de "compartilho", mas, na falta de minha presença ficou a definição deste ser divino como sendo então amigo. Sendo certo, como bem se sabe, que amigo é coisa de luxo, é o ultimo pedaço do bife, da ultima "garfada" no feijão com arroz e ovo frito. Amigo, melhor dizendo, compartilho não é aquele que nos dá o ombro para chorar, mas, sim aquele que fica triste depois da gente por não ter podido evitar a tragédia. E assim, fica aqui a foto não so de um amigo, mas de dois amigos e um é tão compartilho que na horinha virou o rosto, so para deixar o outro compartilho aparecer mais. Isso sim é amigo, ops, compartilho.

COISAS DA VIDA


Existem momentos onde o ser se deixa abater pelo cansaço em face da luta diária e, é neste momento que se livra da mazela que é a vida vivida. Bem, na verdade, diante da mais pura verdade temo que o sono é o preludio da morte como, alias, foi bem dito e, assim, o meu dileto amigo que aqui esta se deixa levar pelo limbo pelas mãos secas da gentil senhora. O semblante gera a lembrança de que se espera algo vindo sabe-se lá de onde e, o pensamento corre solto pelas vielas da escuridão que é a volta do sono. O que dizer, então, deste jovem guerreiro cujo repouso demonstra intensa batalha vivida dando-nos mostra de que se deu por vencido, não da batalha vivida, mas, sim em face do terror que é ficar acordado por horas e horas fazendo nada. Coisas da vida? creio que não, isso é coisa a toa.

O BAR



Foi assim, em um bar onde a historia veio surgindo, devagar e, na medida em que surgia as pessoas iam se aglomerando em volta da mesa. Mas, que historia era aquela onde o narrador não passava de um desconhecido, vindo sei la de onde e que, de uma forma estranha trazia consigo um carisma indiscutível. Falava ele de um tempo presente, de pessoas que não conhecia, mas, ao mesmo tempo, da forma que colocava as palavras ficava claro que os personagens se assemelhavam às pessoas que podíamos conhecer. Contava o narrador, entre um copo e outro de cerveja, que o ser humano, aquele que pessamos conhecer, busca através do sofrimento uma forma de se libertar sendo que, em primeiro plano o sofrimento é perseguido como se fosse uma forma de salvação como, se para se libertar, tivesse o homem de buscar na dor a recompensa pelos erros que cometeu, pelas omissões, por tudo que disse no ontem e no agora. Em segundo plano, a dor que advém do sofrimento não passa de um estado de consciência advindo da necessidade de se ter, de se poder, de querer ou de ter. Não fosse isso o progresso da humanidade seria bem diferente, ou seja, não fosse a necessidade do homem recompensar de alguma forma suas ações, a dor não estaria presente em nosso meio haja vista que os planos existentes se misturam, se confundem em um so plano e, em face da necessidade de sentir dor é que nossos olhos se tornam turvos em decorrência da bruma que nasce da intensa procura como se fosse a fumaça que deixa o corpo queimado, transformado em outro ser. Bem, como podem ver, o bar não é somente um bar.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Bem. chegou o fim do ano de 2007 e, na verdade novamente o tempo vem ao meu encontro. pretendia estabelecer o dia 31 como um marco para começar alguma coisa como, diga-se de passagem, pensei em fazer ao longo destes anos.