domingo, 8 de julho de 2007

O TEMPO

Foi-se o tempo onde as cadeiras eram colocadas no passeio e, as pessoas lá estavam para conversarem, para esperarem os filhos voltarem das aulas. Foi-se o tempo onde o bonde parava para o menino sair da linha. Foi-se o tempo onde o pai esperava o filho de braços abertos. Foi-se o tempo onde se tomava guarapam e se chupava picolé de groselha.Foi-se o tempo onde se assistia o Nacional Kid. Foi-se o tempo onde se brincava de casinha. Foi-se o tempo onde se comprava calça Lee. Foi-se o tempo da matine. Foi-se o tempo onde se trocava revistas na filha do cinema. Foi-se o tempo do cinema. Foi-se o tempo do posso sentar com você?. Foi-se o tempo de se acreditar no papai noel. Foi-se o tempo. Assim, quando crescemos esquecemos de que a época mudou e a tecnologia ocupou o lugar daquilo que eram valores e, valores caros. O amor foi então banalizado e os sentimentos guardados na gaveta mais alta de nosso interior. Mas, o que importa é que ainda nos resta a lembrança do passado ainda não consumida pela pressa de estar em algum lugar para fazer alguma coisa. Com isso, posso dizer que em face de termos ainda lembrança somos ainda humanos e, passíveis então de sentir, como os outros animais, mas, com a diferença de que temos o livre arbítrio. Que possamos, então, buscarmos no passado a força para, não mudar o futuro, mas, sim construir um presente que possa ser a ponte para um mundo melhor.