terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

VIVER

É certo que diante da intempérie ou, do mal que o pode assolar, o ser humano age, vez por outra, de acordo com seus princípios e crenças e, vez por outra, de acordo com, tão somente o instinto. Que dizer então de mim que, na primeira noite de sono, após o exaustivo dia, alguém se aproxima e colhe uma flor em meu jardim e, não digo nada. Na segunda noite, este alguém já não se esconde e, pisa em minhas flores, mata o meu cão e, não digo nada. Um dia, após tantos que se passaram, outro que andava com o alguém, porém mais frágil, entra sozinho em minha casa, rouba-me a esperança, o sonho e, leva consigo até minha dor deixando-me desnudo. Agora, como nunca disse nada já não posso fazer nada. 
Pergunto-me, então, se ao assim agir estaria eu impelido pelas minhas crenças as quais, ao longo dos anos, não mudaram mas tomaram feições mais rudes, destemidas e, sobretudo, tristes.
A invasão de meu mundo acontece durante todos os segundos em que vivo esta vida, neste plano e, à procura de respostas fico sempre aguardando que o alguém ou seu companheiro somente pise em minhas flores e nunca, nunca mesmo, entre em minha casa. 
Não acontece isso. 
Entram porta a dentro, deixam diante de mim o traço de destruição de grande parte de tudo que acredito e, pior, levam consigo sempre parte de minha esperança restando, agora, muito pouco diante dos anos em que, provavelmente, ainda viverei.
É de se perguntar, então, o que fazer? 
Digo a mim mesmo que, diante de meus princípios, continuarei a plantar flores, a ter meu cachorro e sempre, sempre mesmo, manterei as portas de meu ser abertas. 

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Egito

CULTURA
Protestos no Egito: A Luta pela Liberdade
Publicado a 29 Janeiro 2011 por Lieh_
Quebrando o sigilo do silêncio, não posso deixar de manifestar (e espero que o governo egípcio não me censure rsrs) a onda de protestos que está acontecendo no Egito onde os manifestantes pedem a renúncia do presidente Hosni Mubarak que está na chefia do país há praticamente três décadas. Apesar do que eu vou dizer agora não ter muita credibilidade e eu não passo de uma adolescente com escasso conhecimento político, falo mesmo assim: os egípcios não podem desistir até conseguirem o seu objetivo. Isso é uma prova viva de coragem de um povo do Oriente Médio que vive, praticamente em uma ditadura, assim como tantos outros povos orientais. Restaurar uma democracia não é simples e nem vai ser da noite para o dia. Muito sangue vai ser derramado, essa é a verdade, mas é tudo para um bem maior. Esta é a lei que rege as sociedades, como diria Karl Marx. O Ocidente  presenciou e vive ainda a luta do povo pela democracia, apesar dela ainda não atender as necessidades da população e muitos governos estarem sujos por corrupções. Para mim, já está mais do que na hora do povo Oriental seguir o exemplo dos seus vizinhos egípcios, tomar coragem e pedir reforma política, eleições, etc. É ridículo em pleno século XXI, a era da tecnologia, do desenvolvimento, países ainda serem governados como no século passado, numa ditadura horrenda, podre! Não vou negar que eu sempre fui a favor de mudanças e tenho uma aúrea política revolucionária, mas se a situação estiver crítica, sim, tem que ter revolução, pois é o único meio de fazer a política do povo. Um governante não está lá para governar para si e seus ministros, mas é para e com o povo e este tem todo o direito de expulsar se não estiver andando na linha e fazendo uma política correta e limpa. Infelizmente nem todos têm essa consciência, principalmente os brasileiros que vêem os esquemas podres em Brasília e votam nos mesmos políticas sem vergonha! Fico fulminando de raiva por isso. Temos que fazer valer a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão escrita à sangue pelos franceses, este um exemplo histórico de que lutaram para acabar com o sistema anárquico na França no século XVIII, na conhecida Revolução Francesa, que também serviu de inspiração para a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Segue-se alguns trechos da primeira: "Art. 12.º A garantia dos direitos do homem e do cidadão necessita de uma força pública; esta força é, pois, instituída para fruição por todos, e não para utilidade particular daqueles a quem é confiada". "Art. 10.º Ninguém pode ser molestado por suas opiniões , incluindo opiniões religiosas, desde que sua manifestação não perturbe a ordem pública estabelecida pela lei". "Art. 11.º A livre comunicação das ideias e das opiniões é um dos mais preciosos direitos do homem; todo cidadão pode, portanto, falar, escrever, imprimir livremente, respondendo, todavia, pelos abusos desta liberdade nos termos previstos na lei". Só posso completar com o famoso lema: Liberdade, Igualdade e Fraternidade povo egípcio!

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

O LIVRO


Enquanto os dias vão passando, tais quais passaram os sonhos de quando eu era jovem, vivo uma vida sombria, repleta de imagens e seres sendo uns conhecidos e, outros nem tanto. A dor de meu interior se torna palpável, parecendo ter vida própria, pois, chega a transcender meu ser e, caminhando comigo impede que o sono, único bálsamo para minha amargura, chegue para anestesiar este meu corpo já esgotado. Assim, eu vou vivendo. Agora, acho bom dar uma pausa em minha vida para buscar no passado a razão de tudo que esta acontecendo. Bem sei que durante todo o tempo procurei fazer a coisa certa, ou seja, procurei sempre andar direito, falar direito, não peidar na presença de estranhos como, também, não cuspir na rua. Procuro definir, ou descobrir, que mal me atormenta, pois, bem sei que viver do passado é sofrer duas vezes, mas, no tempo em que procuro as repostas fico a imaginar que tudo que estou pensando e passando não passam de uma desvairada alucinação e que, nunca aconteceu. Ou aconteceu? Ainda não sei ao certo.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

AMOR

Como se sabe, o amor acaba na poeira que vertem os crepúsculos, caindo imperceptível no beijo de ir e vir; em salas esmaltadas com sangue, suor e desespero; nos roteiros do tédio para o tédio, na barca, no trem, no ônibus, ida e volta de nada para nada; na janela que se abre, na janela que se fecha; sendo que, às vezes não acaba e é simplesmente esquecido como um espelho de bolsa, que continua reverberando sem razão até que alguém, humilde, o carregue consigo; às vezes o amor acaba como se fora melhor nunca ter existido como, diga-se de passagem, é o caso daqueles que em nada acreditam.