terça-feira, 18 de maio de 2010

QUALQUER SEMELHANÇA SERÁ MERA COINCIDÊNCIA

Chega a ser interessante, se não fosse trágico - como diria o poeta - a presença de pessoas ao nosso lado que, de uma forma ou de outra, mesmo sabedoras da maldade que nos rodeia ficam caladas e, sobretudo, agem como se nada estivesse acontecendo. Acredito que tais pessoas são piores do que aquelas que,  na realidade, fazem o mal, pois, a omissão demonstra falha no caráter que, por sua vez, deveria ser o leme que da rumo à vida. Digo isso porque nesta vida a antítese está presente e pulsante. E foi assim, na esperança de ficarem bem com alguém; desprezaram o que de mais importante existe na vida e, que separa a espécie humana dos outros seres ou seja, o sentimento. Com isso mentiram, enganaram e, deixaram o sorriso mascarar a falsidade que as envolvia para, assim, continuarem a servirem a dois senhores. Tais pessoas viviam a meu redor, aproveitando do oxigénio que me rodeava, aproveitando de meus momentos e, sobretudo, de tudo que eu tinha, inclusive de meu amor. Histórias têm início, meio e fim. Mas inícios, meios e fins nem sempre são claros como na maioria dos filmes. Às vezes a gente nem sabe quando uma história começou e é impossível ter certeza absoluta de que ela realmente terminou. Logo, não sabendo quando é o fim, não dá pra saber quando é o meio, certo? Agora, toda essa filosofia de botequim introduz dois fins. Ambos são incertos, como naqueles livros que, embora tenhamos lido a última página, o final da história ficou no ar e cabe, então, a nós mesmos imaginarmos como ele será. Diante de todo o acontecido ainda tenho em minha boca o gosto amargo da decepção e, se algum fim existe ainda não o vislumbrei, pois, encontrar com tais pessoas será por demais doloroso, para não dizer trágico.