sexta-feira, 16 de agosto de 2013

O AMOR

...digo, e se assim ouso dizer, é porque este advogado já sofreu as dores do amor como, diga-se de passagem, todo aquele que acredita no amor um dia sofreu e que, seria melhor que tudo terminasse com a grandeza do imortal Augustim Lara, na mansão que ergueu para ser o templo da consagração de seu amor pela belíssima Maria Felix sendo que, ele percebeu um dia, ao café da manhã, um “rictus” de desprezo no rosto amado. Levantou, subiu as escadarias de mármore, foi ao banheiro, colocou a escova de dente no bolso e nunca mais voltou.
E assim é, enquanto nos deparamos com seres que se embrenham na escuridão, fazendo das dores sentidas um turbilhão de problemas que, ao ver dessas pessoas, parecem insolúveis, melhor seria que buscássemos o consolo da solidão do que as duras penas de um embate que nunca leva a nada. 
Bem sei que é difícil economizar sentimentos quando o coração é tocado pela lança cruel daqueles que nos fazem mal, mas, o que importa o momento de dor desse coração dilacerado em relação aos dias que teremos pela frente?
O que importa a satisfação de nosso mais profano sentimento de vingança quando, independente do que fizermos o dia, amanhã, terá o sol banhando essa terra de Deus?
Poderia dizer que, a vingar, me sentiria confortado mas, daí vem o engano haja vista que a vingança é uma senhora que não possui laços afetivos conosco, humanos. Certamente, com o passar dos dias essa senhora nos deixará e, nesse momento, saberemos que teria sido melhor subirmos a escada. 
Digo isso, meus queridos e queridas migos e migas, por que a dor possui diversas faces sendo que ela sempre estará conosco diante de nossa condição de seres humanos em busca do progresso, pois, não existe acensão sem sofrimento. A felicidade, poderiam me perguntar, onde fica nessa jornada? Então, posso lhes afirmar que a felicidade nada mais é do que um momento, um estado de espirito onde, para a conseguir devemos estar em harmonia com nosso corpo e nosso espírito. Já a vingança, o embate, advém de nossa formação moral, de nossa criação e, sobretudo, advém de nosso compromisso com o futuro de prosseguirmos sempre em direção à Luz. 
Daí, lhes digo, subam as escadas.